domingo, 24 de fevereiro de 2008

Wajda em Los Angeles

Foto: Tomasz Gzell

"Gostaria que "Katyń" fosse um filme-alegoria", disse o cineasta Andrzej Wajda, durante simpósio internacional em Los Angeles, neste sábado, sobre os filmes estrangeiros nominados ao Oscar. No encontro que ocorreu no hollywoodiano Samuel Goldwyn Theater eram apresentados alguns minutos dos filmes nominados e em seguida os representantes destas produções respondiam perguntas dos participantes.
Wajda falou entre outras coisas, que depende dele que "Katyń" não esteja baseado nas atuais relações Polônia e Rússia, mas sublinhou que a realização do filme foi determinado pelo tema que relata o massacre de 40 mil oficiais polacos pela União Soviética durante a segunda guerra mundial. Ele não gostaria de despertar novos antagonismos entre a Polônia e a Rússia, mas era preciso contar esta história que foi silenciada durante o último meio século, nos dois lados da cortina de ferro - tanto no Ocidente como no Leste Comunista. "É importante, lembrar que estes assassinatos foram cometidos contra a inteligência polaca. Stalin queria eliminar a elite intelectual polaca que existia no país. Por isto é tal e profunda, a dor. "
Wajda lembrou ainda que o tema deste filme é bastante pessoal e doloroso para ele. Seu pai Jakub morreu em Katyń e sua mãe até o fim teve esperanças que o marido estivesse na lista dos sobreviventes deste terível massacre. "Esta é a verdadeira história da minha família." acrescentou o cinesta polaco.
"Katyń" como um dos cinco nomiados na categoria filme estrangeiro é o único que ainda não tem distribuidora nos Estados Unidos. "Mas quem sabe amanhã isto aconteça... mas quem sabe!" disse Wajda.
Cena do filme onde os oficiais polacos estão prestes a embarcar nos trens que os levaria à morte em terras russas.

Reforma Ortográfica Português - 17

BASE XVI - DO HÍFEN NAS FORMAÇÕES POR PREFIXAÇÃO, RECOMPOSIÇÃO E SUFIXAÇÃO

1º) Nas formações com prefixos (como, por exemplo: ante-, anti-, circum-, co-, contra-, entre-, extra-, hiper-, infra-, intra-, pós-, pré-, pró-, sobre-, sub-, super-, supra-, ultra-, etc.) e em formações por recomposição, isto é, com elementos não autónomos ou falsos prefixos, de origem grega e latina (tais como: aero-, agro-, arqui-, auto-, hio-, eletro-, geo-, hidro-, inter-, macro-, maxi-, micro-, mini-, multi-, neo-, pan-, pluri-, proto, pseudo, retro-, semi-, tele-, etc.), só se emprega o hífen nos seguintes casos:

a) Nas formações em que o segundo elemento começa por h: anti-higiénico/anti-higiênico, circumhospitalar, co-herdeiro, contra-harmónico/contra-harmônico, extra-humano, pré-história, sub-hepático, super-homem, ultra-hiperbólico; arquihipérbole, eletro-higrómetro, geo-história, neo-helénico/neohelênico, pan-helenismo, semi-hospitalar.
Obs.: Não se usa, no entanto, o hífen em formações que contêm em geral os prefixos des- e in- e nas quais o segundo elemento perdeu o h inicial: desumano, desumidificar, inábil, inumano, etc.

b) Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo termina na mesma vogal com que se inicia o
segundo elemento: anti-ibérico, contra-almirante, infra-axilar, supra-auricular; arqui-irmandade, autoobservação, eletro-ótica, micro-onda, semi-interno.
Obs.: Nas formações com o prefixo co-, este aglutina-se em geral com o segundo elemento mesmo quando iniciado por o: coobrigação, coocupante, coordenar, cooperação, cooperar, etc.

c) Nas formações com os prefixos circum- e pan-, quando o segundo elemento começa por vogal, m ou n (além de h, caso já considerado atrás na alínea a): circum-escolar, circum-murado, circum-navegação; pan-africano, pan-mágico, pan-negritude.

d) Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e super-, quando combinados com elementos iniciados por r: hiper-requintado, inter-resistente, super-revista.

e) Nas formações com os prefixos ex- (com o sentido de estado anterior ou cessamento), sota-, soto-, vice- e vizo-: ex-almirante, ex-diretor, ex-hospedeira, ex-presidente, ex-primeiro-ministro, ex-rei; sotapiloto, soto-mestre, vice-presidente, vice-reitor, vizo-rei.

f) Nas formações com os prefixos tónicos/tônicos acentuados graficamente pós-, pré- e pró-, quando o segundo elemento tem vida à parte (ao contrário do que acontece com as correspondentes formas átonas que se aglutinam com o elemento seguinte): pós-graduação, pós-tónico/pós-tônicos (mas pospor); préescolar, pré-natal (mas prever); pró-africano, pró-europeu (mas promover).

2º) Não se emprega, pois, o hífen:

a) Nas formações em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s, devendo estas consoantes duplicar-se, prática aliás já generalizada em palavras deste tipo pertencentes aos domínios científico e técnico. Assim: antirreligioso, antissemita, contrarregra, contrassenha, cosseno, extrarregular, infrassom, minissaia, tal como hiorritmo, hiossatélite, eletrossiderurgia, microssistema, microrradiografia.

b) Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por vogal diferente, prática esta em geral já adotada também para os termos técnicos e científicos. Assim: antiaéreo, coeducaçao. extraescolar, aeroespacial, autoestrada, autoaprendizagem, agroindustrial, hidroelétrico, plurianual.

3º) Nas formações por sufixação apenas se emprega o hífen nos vocábulos terminados por sufixos de origem tupi-guarani que representam formas adjetivas, como açu, guaçu e mirim, quando o primeiro elemento acaba em vogal acentuada graficamente ou quando a pronúncia exige a distinção gráfica dos dois elementos: amoré-guaçu, anajá-mirim, andá-açu, capim-açu, Ceará-Mirim.

Cidadania polaca: informações e buscas


Conforme as exigências das leis polacas que falam sobre cidadania (e são três, a última em vigor é da década de 60) para o processo basta um entre uma série de documentos. Se o passaporte do ancestral foi emitido por uma autoridade polaca, então ele pode ser aceito. Mas se ele foi emitido por alguma das três nações invasoras (período de 1795 a 1918), então o melhor é incluir outro documento, tal como a certidão de nascimento (segunda via expedida pelo cartório da localidade onde nasceu o ancestral. Pode ser também alguma certifidão militar).
Além deste documento, para o processo são necessárias provas de que a pessoa interessada descende desta pessoa e aí entram as certidões de nascimento, óbito (pai, avô) e carteira de identidade. Estes documentos devem ser traduzidos para o idioma polaco por tradutor juramentado. O item seguinte é o preenchimento de um formulário em idioma polaco fornecido pelo consulado. E finalmente um histórico de vida do interessado contando sobre si e sua ascendência polaca. Falar do ancestral, onde nasceu, quando imigrou, onde se estabeleceu etc. Também este histórico deve estar vertido para o idioma polaco. Com estes documentos, dá-se entrada no consulado. Este, por sua vez, verifica se está tudo em ordem e encaminha para Varsóvia, onde o Ministério das Relações Exteriores da Polônia, encaminha para o órgão responsável pela análise da solicitação, no caso, o Departamento de Emigração da Voivoda da Mazóvia.
Em relação a busca da certidão de nascimento polaco em território da Polônia, em função de estar residindo em Cracóvia, para estudos posso fazer o serviço. Para isso necessito saber:
1 - nome e sobrenome do ancestral buscado com grafia em idioma polaco. Exemplo: Estanislau é Stanislaw, Iarochinski é Jarosinski.
2 - nome e sobrenome dos pais do ancestral.
3 - ano de nascimento.
4 - paróquia e localidade de nascimento.
No caso do desconhecimento da localidade de nascimento, o único local em que se pode encontrar esta informação, talvez seja, no Arquivo Nacional do do Ministério da Justiça do Brasil, sediado no Rio de Janeiro. Lá no segundo andar estão abrigados arquivos da Polícia Federal dos Estados do Paraná e Rio Grande do Sul das décadas de 30 e 40 (quando se deu a lei de nacionalização de Getúlio Vargas e todos os imigrantes foram obrigados a se naturalizar). Todos tiveram de comparecer a uma delegacia de policia e é justamente nestes dados que se pode encontrar em que lugar na Polônia nasceu o ancestral.
Os custos para esta busca dependerão da distância desta localidade em relação a Cracóvia e dos dias de permanência nesta região. Esta busca consiste em localizar o assentamento de batistério na paróquia (isto se o ancestral nasceu antes de 1918), fazer a tradução para polaco se necessário (pode estar em russo, alemão ou latim, dependendo da região ocupada pelas nações invasoras) e solicitação ao cartório mais próximo para expedição da segunda-via atualizada.