segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Curitiba, sonho de polacos

Casa de troncos no Memorial da imigração polaca em Curitiba

Curitiba, a capital do Paraná, é considerada por muitos, em função de sua população como o terceiro maior centro da etnia polaca em todo mundo. A maior concentração da etnia em uma mesma cidade ocorre em Chicago, nos Estados Unidos. Depois da cidade Norte-americana, a capital da Polônia, Varsóvia, por abrigar uma população que ultrapassa os 2 milhões de habitantes é a segunda colocada neste ranking. Curitia, que até 1947, tinha metade do território de seu munícipio denominado de distrito de Nova Polônia, sempre foi mais que um sonho para os imigrantes polacos do final do século 19 e início do 20. Curitiba, durante muito tempo, foi a cidade mais conhecida na Polônia.
Totem das cidades parceiras de Cracóvia, com Curitiba a 11.500 km de distância
e o título de cidade gêmea de honra. Curitiba é a única cidade do Brasil com grafia no idioma polaco.
Ainda hoje, taxistas de Cracóvia, Varsóvia e Lublin, quando encontram um passageiro brasileiro, perguntam primeiramente se o brasileiro é de Curitiba. Ao contrário de muitos europeus que quando ouvem o nome Brasil, imediatamente associam com Rio de Janeiro, Buenos Aires, Pelé, Café, Ronaldinho, na Polônia, a palavra Curitiba, tem mais que significado de Brasil, tem uma aura de "Eldorado", o paraiso buscado pelos europeus da idade média.
que Por ordem cronológica os polacos foram assentados nas seguintes colônias de imigrantes no município de Curitiba e arredores:
Novembro de 1871 - Pilarzinho
1873 -Abranches
1875 - Santa Cândida
1876 - Nova Polônia, que compreendia as colônias Lamenha, Santo Inácio, Órleãns, D.Pedro II, Dona Augusta
1877 - Rivière (hoje Ferraria)
1878 - Murici, Zacarias, Inspetor Carvalho e Coronel Accioly
Também foram criadas as Colônias de Serrinha no Município de Contenda, Tomas Coelho e Guajuvira em Araucária e outras em outros municípios vizinhos, quase que numa progressão aritimética.

Primeiras terras

Um documento que atesta oficialmente a chegada da imigração polaca no Paraná, e conseqüentemente em Curitiba é um atestado da Câmara Municipal, que diz:
" Câmara Municipal da Cidade de Curitiba, attesta, a requerimento de Sebastião Edmundo Saporski, o seguinte:
1.º que existem estabelecidas no rocio desta Capital as trinta e duas famílias polacas, constantes da relação apresentada, ocupando alguns lotes de terrenos da colônia Pilarzinho e outros terrenos que requereram a esta Câmara e obtiveram por carta e foro;
2.º que as mesmas famílias polacas são dedicadas ao trabalho, excellentes lavradores e muito morigerados;
3.º que não consta a esta Câmara tivessem estas famílias recebido quaisquer favôres ou adiantamentos pecuniários do Gôverno para estabelecimento.
Paço da Câmara, 15 de outubro de 1873.
Eu Ignacio Alves Corrêa, secretário o subscrevi. O presidente da Câmara municipal, ass. Antonio Augusto Ferreira dos Santos"


Primeiro nascimento

Com efeito, sob o número 414, nos registros de nascimento da velha Igreja Matriz de Curitiba, está assinalado:

"Aos vinte e oito dias do mês de Outubro de mil oitocentos e setenta e um, nésta Matriz de Curitiba, batizei e puz os santos oleos no inocente João, nascido a seis d'este mês, filho legítimo de Gregório Hylla e de Maria..., Polacos. Foram padrinhos Fabiano Barcik e Rosalia Pampuch, também Polacos e fregueses desta Paróquia. do que fiz este assento. O Vigário Agostinho M. de Lima" .

No mesmo livro, mais adiante o registro 415.

" Nascimento de Ursula, a 27 de Outubro de mil oitocentos e setenta e um, filha legítima de Fabiano Barcik e Edvirges Purkot, polacos..."
João e Ursula são os primeiros paranaenses eticamente polacos, os primeiros polono-brasileiros da história da imigração polaca no Brasil.

Polônia perderá créditos da UE


Manchete principal do jornal Rzeczpospolita desta segunda-feira, dia 4 de agosto de 2008 diz que: Cinco Voivodas perderão ajuda de Bruxelas. Destaque também para a morte do escritor russo Aleksander Sołżenicyn, premio nobel de literatura e dissidente do regime comunista.